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O enigmático mundo, grande influência literária, de Rui Chafes

6 de Abril de 2019 by olinda de freitas

Rui Chafes, o artistaRui Chafes, obras enigmáticas

Obrigando-nos a uma interrogação sobre o que somos e o modo como nos relacionamos com o que nos rodeia, assim são os temas e as formas que Rui Chafes faz colar a nossa realidade – ora a um tempo ancestral, ora a um diverso e próximo universo. 

Misteriosas, as obras de Rui Chafes são, muitas vezes, expostas em jardins românticos (Sintra), palácios e igrejas, expressando-se num território suspenso no tempo, numa paisagem que apela para uma outra ordem e condição do objecto criado, entre o caos e o rigor da revelação, entre o interior e o exterior da existência, irracional, individual e transcendental.

Num texto de 1998, “Talvez”, Rui Chafes conta-nos sobre a sua vocação: «Sendo escultor e tendo nascido em 1966 (o ano de Andrej Rubliov, de Andrej Tarkowsky e de Au Hasard Balthazar, de Robert Bresson), vivo com a consciência de que é preciso continuar a transportar a chama, tal como queria Joseph Beuys que, no ano anterior, se tinha sentado, durante três horas, a ensinar a uma lebre morta como se olham as imagens.»

Origens

Rui Chafes nasceu em Cascais e é lá que produz as suas obras. 

Entre 1990 e 1992, estudou com Gerhard Merz, na Kunstakademie Düsseldorf, altura em que aprofunda um extenso e relevante conjunto de referências teóricas, literárias e artísticas – romantismo alemão, Idade Média e Gótico Tardio – teorias que estruturam, em grande parte, a actividade e os interesses deste artista: a luz, a cor, o peso, a leveza e o equilíbrio das formas, na sua relação com a natureza, com o espaço circundante e com o Homem.

Durante a estadia alemã, traduziu Fragmentos, de Novalis, numa edição a que acrescenta desenhos seus. Algumas da exposições que realizou em diferentes instituições são acompanhadas pela edição de livros, pensados enquanto tal, onde faz publicar textos seus e de outros autores que possibilitam um entendimento daquilo que para o artista deve ser a arte e a praticabilidade da arte, imensamente redentora, catalizadora de pensamento.

A obra

Usando, como sempre, o ferro pintado de negro, o artista vai criando modelos orgânicos de memória imediata – tanto mais inquietantes quanto a sua escala gigantesca. A couraça, por exemplo, é uma memória, o resto de uma vida perdida, ou esconderá um animal ameaçador, obrado sobre si mesmo, quase escondido entre árvores e canaviais do jardim, ficando o enigma: é ele quem nos coloca em perigo ou somos nós quem o ameaça? 

O seu percurso conta com importantes exposições em instituições nacionais e internacionais e as suas obras integram os mais relevantes acervos públicos e privados. Igualmente na sua actividade editorial, Rui Chafes dá-nos material de reflexão: Harmonia; Durante o Fim, Um Sopro e O Silêncio, são exemplos da sua experiência. Representou Portugal na Bienal de Veneza (juntamente com José Pedro Croft e Pedro Cabrita Reis) e em 2004 esteve presente na Bienal de S.Paulo num projecto em colaboração com Vera Mantero, Comer o Coração.

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Filed Under: Atividades literárias Tagged With: actividades literárias, artista, Bienal de S. Paulo, Bienal de Veneza, Comer o Coração, criação literária, Durante o fim, escultura, Fragmentos, Novalis, O silêncio, obras, Rui Chafes, Um sopro

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