David Bowie é uma estrela, sempre foi, que se reinventa. Não haverá no mundo outro artista que tenha acompanhado a tendência dos negócios, a música também é um negócio, como David Bowie acompanhou. E não, não se trata de falar como se ele já tivesse morrido – apenas de enfatizar um passado de estratégia e de criatividade que marcou a sua carreira no show business.
Uma vida a reinventar-se, de um álbum para outro álbum, por fora e por dentro para nós: David Bowie
A verdade é que ao longo do tempo David Bowie recriou, em parelha, a música e a imagem sem nunca perder a devoção dos seus fãs mais aficionados: viver a música e a simbologia que a representava foi sendo uma descoberta constante, já que no reino de David Bowie há magia com música por dentro e por fora. Emoção, muita emoção, caracterizou sempre este artista do show business à escala planetária.
Dotado de uma capacidade altamente diferenciadora no que a inovação diz respeito, o versátil David Bowie já é quase septuagenário e só tem motivos para se orgulhar do que deixou para trás enquanto perseguidor da eterna mudança: lançou vinte e seis discos em cinquenta anos de carreira completamente out do padrão anterior e do que se havia de seguir. Maravilha.
Influência positiva terão exercido todos os profissionais que o foram acompanhando na sua longa carreira – todos eles escolhidos a dedo quando decidiu que teria de modernizar o som fazendo uma espécie de step entre o pop e o rock. Melhor exemplo do que o álbum Let´s Dance, editado em 1983, não há.
Entre parcerias artísticas e conselhos gurus, David Bowie nunca saiu do trilho do sucesso criativo
Foram muitas as parcerias artísticas que David Bowie fez. Freddie Mercury terá sido uma delas, sempre com uma sensibilidade imensa e sem perder de vista o grande objectivo da sua carreira: criar, recriando, inovando, música e sucesso.
Mais recentemente David Bowie, em The Next Day, lançado em 2013, voltou a não abdicar da inovação que tanto o caracteriza: Rihanna, Taylor Swift e Britney Spears foram colocados para canto no iTunes pela simples razão de que o artista, o the One David Bowie, arrasou pelo seu sucesso. Simples – tão simples como os olhos dele terem duas cores.
Concorrência? Concorrência para David Bowie é um estímulo feliz à criatividade e, desta feita, à inovação.
Depois do recente sucesso, mais música virá deste músico britânico – assim esperamos depois de mais um álbum, o vigésimo quarto, gravado em estúdio. A crítica chamou-lhe um álbum vivo que ficou em primeiríssimo lugar no top oficial de vendas do Reino Unido.
Porque David Bowie dá, e sabe dar, música. Talento de não deixar por casa, a sua obra é de uma enorme profundidade intelectual que tem literalmente voz através do seu timbre tão característico e peculiar.