Amor
palavra tão triste…
Amor que me redimiste
e depois me atraiçoaste.
Amor que me amaste…
Um suspiro
Um sopro
e deliro
e sofro…
A ternura de teu olhar,
o perigo iminente,
Quero respirar
e já não sou gente…
Mas tal veleiro em alto Mar
Ergo-me e estou de frente
Para o grande marear…
Soluços de vida
vêm me mostrar
barreiras e barreiras
de outro viver,
barreiras e barreiras,
que meu coração em má hora soube erguer…
Amor,
Descodificar-te
E não correr o risco de amar-te…
Insólito este meu viver
Mas, agora mais pronta:
porque só ama quem a alegria transporta:
da alvorada ao entardecer?!…
Menino que me olhas
e que desatas a correr
Não vês que te amo?…
Não vês que estou a sofrer?…
As pernas que vês
estão geladas,
assim está o coração,
petrificado,
sem coragem
de te deixar partir…
Mas se te vejo ir
Sem te impedir
Poderás não regressar…
Amor maternal,
às vezes engana por sinal
Hoje uma vez mais
estou empenhada
em lutar pela tua causa
que é a minha
Amo e sou amada
nos minutos que degusto com tranquilidade
Há muita mais serenidade em meu olhar,
se tiver coragem para AMAR!
Numa praia vou-me “espreguiçar”
numa tarefa que empreendo
E a Grande LUZ há de me recompensar:
com mil praias e mil tarefas
que meu coração acolherá a contento.
Meu querido, reza pela mãe
Vê-a bela, vê-a boa, vê-a bem.
Meu querido,
com fé
em ti confio
e meu olhar se volta para dentro.
Na escuridão de uns olhos que se fecham,
quebro as barreiras de tudo quanto mal entendo…
Deixo-me levar para calmamente me encontrar…
E do escuro nasce a luz do dia.
e sei que minha romaria jamais pode parar…
Tic tac, tic tac,
Espreita o cuco em minha alma
e entrego-me à vida com calma…
para o tempo respeitar.
Meu querido, vem me amar
Estende-me teu coração,
Teu precioso peito…
a beleza de teu respeito
dá asas ao meu bem respirar
Responde-me, conversa comigo
Sabes, tens em mim um melhor amigo,
tu, meu filho João.
Amor, Amor, Amor,
palavra tão gasta?!…
e no entanto, o motor
de toda a minha interna pasta.
Arquivos se amontuam dentro de mim,
e que em expressões faciais e poucas palavras
eu encontrei em ti,
pai do João,
e agora estende-me tua mão!
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