Nem sempre tudo na vida resulta. Nem sempre tudo na vida é como desejamos. Nem sempre temos o que queremos. Nem sempre a realidade é o que é.
Por que razão não o é?
Numa conversa informal com o meu marido disse-lhe, não foi por ter lido aqui ou acolá nas minhas diversas e diagonais leituras, mas sim, porque acredito piamente que seja a verdade, que o nosso cérebro é o nosso melhor amigo como pode ser também o nosso pior inimigo. Ele ficou a olhar para mim, com aqueles seus olhos da cor do mar num dia sereno de verão. Nada mais acrescentei, porém tive a nítida impressão que a mensagem não tinha passado.
Não te apoquentes, disse-me sossegadamente a consciência. Chegará a altura certa de comprovar o que acabaste de afirmar. Acreditei na minha aliada e calei-me.
A vida continuou. Não houve atropelos. Os dias, uns atrás dos outros, escondiam-se de mim, dando lugar às noites, e as madrugadas brindavam-me com belas sensações. Quando, num domingo, inesperadamente, ao ver um programa de televisão, comecei a ter umas estranhas faltas de ar. Já conhecia os sintomas. Em tempos idos tinha tido os mesmos e numa visita de rotina ao meu médico de família contei-lhe o episódio e fiquei a saber que tinha tido uma crise de ansiedade: a primeira da minha vida. Assim, soube o que era. Em vez de controlar a minha mente para se acalmar, tive o oposto: uma terrível falta de ar atrofiante não me deixava respirar convenientemente. Num ápice o meu cérebro incontrolado e desvairado levou-me para onde ele queria: o inferno.
É uma sensação que não desejo a ninguém: quase que eu queria deixar o meu corpo para sê-lo de outra pessoa. Só recuperei da minha loucura após ter aberto a porta do jardim e olhar para o céu e dizer-me o quanto eu era forte e podia controlar a minha mente. Sorri. Ri-me. E repeti exaustivamente: “Tu consegues respirar! Tu consegues respirar! Acalma-te! Acalma-te!
Passados longos e intermináveis minutos, foi o que me pareceu naquela altura, dei comigo a respirar normalmente sem ter tido necessidade de ir buscar o ar no mais profundo dos meus pulmões nem sequer com aquela vontade involuntária de bocejar. Tinha sido uma nova crise: a segunda da minha vida.
Porquê?
Ainda hoje estou para saber. Nada apontava para o seu aparecimento. O importante é reter que fui capaz de controlá-la sem recurso a medicamentos, só apenas com a vontade da minha mente. Talvez com o fármaco tivesse sido mais rápido ter o resultado desejado. No entanto, fui a própria interveniente no processo da cura, usando apenas o poder da minha mente numa vertente positiva.
Pensar positivo é um lema de vida. E ter um quociente positivo apoiado na inteligência positiva validada pela psicologia positiva é essencial no momento vivida. É nesse sentido que continuei a viver para poder contar uma longa história dos benefícios desta filosofia de vida rentabilizando as competências intelectuais, sociais e emocionais.
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