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Joalharia Contemporânea, não é Arte? A ASAE Fiscaliza

4 de Março de 2019 by olinda de freitas

A joalharia contemporânea é, antes de mais, uma questão conceptual, ou seja, o fazer jóias com base em um design inovador e único. Porém, este é um fabrico manufacturado que se processa através da utilização de metais nobres mas, também,  materiais alternativos.

Resina de poliéster cristal, acrílicos, madeira, borrachas e outros materiais conferem, na joalharia contemporânea, um conceito inovador e moderno de fazer o adorno – o acessório.

A joalharia contemporânea rompe com o mainstream

joalharia contemporâneaA noção de individualidade e artesanato – aliada à exigência de sustentabilidade da modernidade – rompe com a formatação de joalharia em joalharia contemporânea, mainstream, daquilo que, até pelo menos aos anos sessenta, era uma joalharia contemporânea, metais nobres, joalharia, materiais alternativos.

A joalharia contemporânea usa o corpo humano como uma área geral de trabalho e incorpora métodos e materiais que são inerentes à arte de uma forma geral.

A ideia de que só os metais nobres e preciosos constituem matéria prima para a produção de jóias está completamente ultrapassada. Tudo é motivo para servir de base a uma jóia; tudo é motivo, mesmo com materiais alternativos, para ter funcionalidade estética – senão usabilidade.

Design, arte e manufactura

A Joalharia contemporânea é, de facto, a união do design com a arte e com a manufactura – embora constitua um mercado pequeno e a aguardar expansão.

Neste mercado, o produtor de joalharia contemporânea tem sempre dois caminhos por onde escolher:

  • a joalharia de autor, com nome e estilo próprio, identidade bem específica;
  • a joalharia experimental, mais inovadora, onde são explorados constantemente novos conceitos e novas técnicas e materiais, mais excêntrica.

No meio de tudo isto está a polémica: como podem os joalheiros que trabalham materiais alternativos ter aceitação no mercado se actualmente só podem exercer a profissão se usarem materiais incluídos no Regulamento das Contrastarias, que data de 1979? São estes materiais o ouro, a prata e a platina.

Isto significa que todas as peças produzidas em materiais alternativos só podem ser vendidos em estabelecimentos que não sejam ourivesarias ou lojas de museus!

Trocadinho por miúdos, a joalharia contemporânea não é reconhecida como arte em Portugal e ter a pretensão de fazê-lo é incorrer em ilegalidade.

A questão agudiza-se imenso com a introdução da fiscalização a locais de venda de peças de joalharia contemporânea. Isso mesmo, é suposto a ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica – andar a fiscalizar e a confiscar jóias contemporâneas.

O problema assume gravidade porque, depois, como é que os artistas fazem para reaver as suas jóias se para isso teriam de as ter contrastadas e se para estarem contrastadas têm necessariamente de ter como matéria prima metais nobres?

Pois, vale a pena pensar nisto…

Apesar de a joalharia contemporânea ser ainda subjectiva no mundo da arte, importante mesmo é dar-lhe notoriedade e estímulo para que continue a brilhar entre metais nobres e aproveitamento de plásticos, resinas, borrachas ou o que mais se quiser…

Filed Under: Artes e Design Tagged With: Arte, ASAE, joalharia, joalharia contemporânea, joalharia de autor, joalharia experimental, jóias, materiais alternativos, metais nobres

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