A Bienal de Arte Têxtil Contemporânea, segunda edição da Contextile, já está a decorrer – uma informação noticiada pelo site Público. O objectivo da organização continua inalterado em relação, quando tudo começou, a 2012: colocar o têxtil em um outro contexto que não o industrial – o da arte contemporânea.
Obra “Naturaleza Desdoblada”, da artista mexicana Miriam Medrez, em destaque na Bienal de Arte Têxtil Contemporânea
Em destaque na segunda edição da Contextile, a actual bienal de arte têxtil contemporânea, está a obra da artista mexicana Miriam Medrez – prémio de aquisição da Contextile 2014 patrocinado pela autarquia local. Estão presentes igualmente trinta artistas japoneses que utilizam matérias-primas pouco convencionais na concepção de obras de arte contemporânea.
As chamadas fibras do futuro constituem a matéria-prima da exposição convidada: “Fiber Futures – Japan”s Textile Pioneers”, constituída por 35 obras de artistas que são pioneiros na criação de arte com este tipo de fibras – pasta de papel ou fibras sintéticas, cânhamo ou cortiça são utilizadas nas suas obras.
A escolha das peças desta exposição convidada na Bienal de Arte Têxtil Contemporânea foi feita pela International Textile Network Japan e a passagem por Guimarães está integrada numa itinerância internacional começada em 2011 e que se estende até 2015 fazendo paragens, entre outros, nos museus de São Francisco, Paris e Madrid.
O Têxtil como forma de arte de artistas convidados do Japão, Lituânia, Estónia e Espanha
A Bienal de Arte Têxtil Contemporânea conta este ano, além do Japão, com convidados de outros três países: Lituânia, Estónia e Espanha cujos artistas mostram uma selecção de alguns dos principais criadores contemporâneos que utilizam o têxtil como suporte para os seus trabalhos.
Uma mostra competitiva na Casa da Memória, até dia 05 de Outubro próximo, em acrescento às exposições internacionais, é o elemento central da Bienal de Arte Têxtil Contemporânea que recebeu mais de 260 candidaturas. Ficaram cinquenta obras de arte e podem ser apreciadas agora. Ainda se vai a tempo.
Uma das novidades da Bienal de Arte Têxtil Contemporânea refere-se à iniciativa “Emergência” apresentada no Instituto do Design da Universidade do Minho. Trata-se de um convite aos alunos das escolas artísticas Soares dos Reis (Porto) e António Arroio (Lisboa) e Faculdade de Belas Artes do Porto para a criação de produção de trabalhos de arte têxtil.
Terá sido o reconhecimento da primeira edição da Contextile, agora chamada de Bienal de Arte Têxtil Contemporânea, integrada na Capital Europeia da Cultura de 2012, que estimulou a continuidade ao projecto, uma vez que a dinâmica criada e o envolvimento com algumas entidades locais e regionais conduziram à revisão do conceito do projecto: a ideia original consistia na realização a cada três anos para passar a assumir um formato de bienal.