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Sombreira. Suspiradora. Assim é Esta Música Electrónica

Teatro, Música e Dança | 15 de February, 2019

LEITURA | 3 MIN

A solo e com música electrónica(re)nasce Bradley Hale ou, melhor, Sombear. Bradley Hale é o baterista dos Now, Now, uma banda oriunda de Mineapolis, que decidiu finalmente lançar-se a solo como Sombear. E o resultado está bem à vista – ou em pé de orelha: “Love You in the Dark” é o álbum de estreia carregado de sombras interessantes. Nada de escuridão assustadora nesta música electrónica, garanto.

O artista diz que é um disco sombrio e introspectivo de música electrónica mas eu chamo-lhe de sombreiro e suspirador

Sombreiro e inspirador, sim, de outra forma como poderia ser, ao mesmo tempo, leve e dançável? A descoberta de uma voz por detrás de baterias é para ser mostrada porque reveladora de excelente manipulação do som quando este desliza bem organizado no tempo.

Bradley Hale refere tratar-se de um disco sombrio e introspectivo mas, no entanto, puro electro-pop dançável. Em voz de rectaguarda nos Now, Now, o artista coloca agora o seu tom falsete na dianteira em um tom equilibradíssimo que se frui com uma facilidade gostosa. E entenda-se facilidade como simplicidade e arejo.

Parece-me excelente dizer que este trabalho de música electrónica a solo foi realizado com a mesma tranquilidade, ingenuidade e diversão do Winnie the Pooh quando olha para o frasco de mel vazio, ou seja, despojado dos corredores de testosterona que – digo eu – caracterizam o desejo irracional. É, sem dúvida, e depois de ouvir o álbum na totalidade, uma espécie de samba tranquilo aplicado ao género electro-pop por se avistar uma paixão escaldante porém serena por se querer doce e sem a amargura resultante da mera pulsão. Excelente.

Porque música electrónica, contrariamente ao que se tem vindo a dizer por aí, também é música. E da boa.

Já vem de longe a validade do electro enquanto música, a polémica terá nascido em finais da década de setenta e apimentou-se na década seguinte – altura em que terão surgido inúmeros boicotes à música sintetizada. Esta polémica assenta, ou assentava, na organização do processo até ao produto final, isto é, não estará em causa a forma como se produz o som mas como este é organizado já que dispensa a mão humana através de acessórios como módulos sequenciadores e filtros moduladores dos sintetizadores.

Não tardou a que a verdade, a única, viesse a lume: os sintetizadores vieram acrescentar à música apenas uma novidade – a da programação, isto é, uma pré-configuração ao longo do tempo que permitia, igualmente, controlar uma enorme variedade de sons e de efeitos incompatível – e inatingível – apenas com a mão humana pelos instrumentos convencionais. Tratava-se, bem visto, da introdução do algoritmo matemático na música, cáspite!

Ora isto remete-nos – assim como foi remetendo, ao longo do tempo, as mentes mais fechadas – para a fonte da Leonor, a formosa e segura, a nascente criativa que nunca deixou de ser o Homem. E mesmo com os – talvez – paradoxos – não sei bem -, do sampling e da discotecagem há, sem dúvida, música por dentro e por fora da música electrónica. Comprovem.

olinda de freitas

Bio

Produtora de conteúdos textuais freelancer. Com paixão e alhos.

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